terça-feira, 31 de julho de 2007

Festa M80 - Bar do Guincho - 28/07/2007

Realizou-se no passado Sábado, 28 de Julho, a festa da M80 no Bar do Guincho, Cascais. Para quem não saiba a M80 é uma rádio do Grupo Média Capital, recentemente criada e com o objectivo de divulgar a música das décadas de 70, 80 e 90, embora a fatia maior do bolo vá para os Anos 80. Na zona de Lisboa pode sintonizar-se na frequência 96.6 FM. Tratou-se da segunda festa realizada, a primeira realizou-se a 23 de Junho. A próxima está prevista para 8 de Setembro. O enquadramento geográfico do Bar do Guincho é excelente, facto que, aliado ao bom tempo (apesar do vento forte), proporcionou uma grandiosa festa revivalista, prova de que a música da década de 80 está na moda, com bastantes adeptos de todas as faixas etárias. Fiquei bastante surpreendido com o número de pessoas com idades a rondar os 20 anos. A malta mais " cota " teve a oportunidade de tirar a barriga de misérias, aproveitando ao máximo todos os minutos da festa ao dançar ao som das músicas da sua juventude. Tirando as discotecas Plateau em Lisboa, o 2001 no Autódromo do Estoril e um ou outro bar, a oferta peca pela escassez. Um apecto bastante positivo foi a passagem de alguns videoclips nos vários ecrãs dispostos pelo recinto, permitindo, simultaneamente, ver e dançar a música que se ouvia. Apesar do balanço positivo, há a considerar o seguinte:
  • Espaço sobrelotado - Maior controlo nas entradas e uma melhor selecção dos clientes (consumo mínimo de 5,00 €, por exemplo) proporcionaria mais conforto e afastaria clientela menos recomendável, mesmo assim, pouco expressiva no passado Sábado.
  • Falhas técnicas - Com mais frequência do que seria desejável, houve falhas ao nível do som, por diversas vezes interrompido. Outro aspecto incomodativo foram os frequentes jingles da M80 entre as músicas, dispensáveis. Penso que todos os presentes sabiam que se tratava de uma festa organizada por aquela estação de rádio. A publicidade " visual " relativa à mesma era abundante.
  • Tempo de espera excessivo nos bares - Não se conseguia uma bebida sem, pelo menos, esperarmos 15 a 20 minutos, no mínimo! Este aspecto vem na sequência do primeiro. A sobrelotação do espaço diminuiu a capacidade de resposta das estrututas de apoio. Mesmo com menos gente presente, a oferta dos bares estaria aquém da procura.

Avaliação geral da festa - 3,5 em 5!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

The Human League na Praça do Comércio a 4 de Agosto!

Depois de terem actuado em Junho passado no Hotel Farol Design em Cascais, os The Human League regressam a Portugal para um concerto integrado no Festival Oceanos, a decorrer na Praça do Comércio, em Lisboa, no próximo dia 4 de Agosto (entrada gratuita). É mais uma oportunidade para vermos uma das mais emblemáticas e representativas bandas da pop electrónica do início dos Anos 80. Falemos um pouco deles...
Se do cruzamento dos The Sex Pistols com os Chic resultaram os Duran Duran, como os próprios gostam de afirmar, os The Human League terão nascido da fusão dos Kraftwerk com Eno (até 1980) ou com os Roxy Music e Bowie nos anos seguintes.
Naturais de Sheffield, formaram-se em 1977 e desde cedo seguiram uma linha electrónica experimentalista, tendo editado os álbuns Reproduction em 1979 e Travelogue em 1980, ambos com passagem discreta no Top Britânico. O single Empire State Human do 1º álbum é hoje a música mais representativa deste período, pese o modestíssimo 62º lugar.
Mas em 1981 tudo muda com a álbum Dare!. Considerado ainda hoje como um dos mais importantes e representativos álbuns de Synth Pop, quebrou em parte com o experimentalismo dos primeiros tempos imprimido pelo vocalista Phil Oakey, ao dar à música electrónica visibilidade mainstream. Os ritmos frios da electrónica analógica eram agora aquecidos com melodias e, também, com as vozes dos novos elementos Susanne Sulley e Joanne Catherall. Dare! é daqueles álbuns que transformam bandas praticamente desconhecidas em bandas de referência e, sem ele, os The Human League não seriam o que são hoje.
O single Don´t You Want Me chega ao 1º lugar das tabelas de vendas britânica e norte-americana tornando-se num mega-sucesso, a mesma posição alcançada por Dare! (Top Britânico) e temas como The Sound of the Crowd, Love Action e Open Your Heart tornam-se também grandes êxitos. Mas a pérola esquecida de Dare! aparece logo no início do álbum é dá pelo nome The Things That Dreams Are Made Of.
No ano seguinte é editado Love and Dancing, um álbum com versões instrumentais baseado nas músicas de Dare!, remisturadas e produzidas por Martin Rushent.
O sucesso de Dare! dava para tudo até para recuperar com sucesso um tema quase esquecido do 2º álbum Travelogue, Being Boiled. Em 83 é lançado o EP Fascination! com os singles Mirror Man e (Keep Feeling) Fascination, ambos a chegarem a nº 2 do Top Britânico.
Com Dare! a assumir-se, quase, como o disco de estreia, o álbum seguinte não teria vida fácil. O sempre difícil 2º álbum, neste caso, 4º de originais Hysteria de 84, desapontou bastante. As coisas não correram bem desde o início: dois produtores abandonaram o barco e temas como o rockeiro The Lebanon, Life on Your Own e Louise tornaram-se êxitos menores.
À margem dos The Human League, Phil Oakey parte parte para um novo projecto em parceria com o produtor Giorgio Moroder. Do álbum Philip Oakey & Giorgio Moroder de 85, há a destacar o famosíssimo Together in Electric Dreams, tema da banda sonora do filme Electric Drems, frequentemente tocado pelo grupo em concertos.
Em 1986 são recrutados os produtores R&B Jimmy Jam e Terry Lewis para o novo álbum Crash. Com uma sonoridade em sintonia com os novos ritmos de dança, Crash não se sai mal nos Estados Unidos, onde o singles Humam chega ao 1º lugar. Em Inglaterra o sucesso de Human é ligeiramente menor (8º lugar), mas os singles I Need Yout Loving e Love Is All That Matters ficam-se por posições bastante modestas.
Em 1990 os The Human League atravessam um período bastante incaracterístico, à semelhança de muitas bandas da sua geração que parecem não saber que rumo seguirem, fruto da mudança dos tempos. Em situação idêntica encontravam-se os Duran Duran.
Romantic?, considerado a par de Secrets como os álbuns mais podres da banda falha o Top 20 e o single Heart Like a Wheel não consegue melhor do que um 29º lugar. Pessoalmente gosto bastante da música Soundtrack to a Generation.
Teríamos de esperar quase cinco anos por novo disco até que é lançado Octopus. Com uns The Human League a recuperarem a sonoridade Synth Pop que lhes deu crédito, Octopus é o melhor álbum depois de Dare!. A banda recupera algum do fôlego perdido, obtendo resultados bastante satisfatórios. Quer o álbum quer o single de apresentação Tell Me When chegam ao 6º lugar. These Are the Days é uma boa música, mas é na terceira faixa que se encontra a pérola do álbum One Man in My Heart. Filling Up with Heaven fica-se por um modesto 36º lugar.
Por último temos Secrets, já no novo milénio. Depois de Octopus esperava-se mais mas, o mais recente trabalho da banda não teve argumentos para se impor tornando-se no álbum com pior desempenho de sempre nas tabelas de vendas. Um ligeiríssimo destaque para o single All I Ever Wanted e pouco mais. A ver vamos o que nos reserva o próximo álbum. Os The Human League podem dar-se ao luxo de viver do repertório passado e matéria-prima para concertos não falta, mas todos gostaríamos de os ver regressar aos discos com o espírito dos bons velhos tempos. Deixo-vos com o video de Open Your Heart.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Artic Monkeys no Coliseu... é hoje!

Umas da bandas mais importantes da actualidade actua hoje à noite no Coliseu de Lisboa. O 2º álbum Favourite Worst Nightmare, editado este ano, consguiu a proeza de colocar todas as músicas no Top Britânico. O 1º álbum Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, tinha sido já a revelação de 2006. Com ambos os álbuns a serem aclamados pela crítica e pelo mercado, o quarteto de Sheffield tornou-se num caso sério de popularidade. Vai ser um excelente concerto para todos os verdadeiros fãs do Rock a abrir, sem ser demasiado pesado. Para aguçar o apetite deixo-vos com o fantástico video de Brainstorm.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Frankie Goes To Hollywood - " O futuro mais que passado... "

Na história do Rock existem dois tipos de artistas: os consagrados e os efémeros. Associamos aos primeiros longas e reconhecidas carreiras como por exemplo U2, Stones ou Bowie, entre outros. Já em relação aos segundos, é mais difícil encontramos projectos relevantes e influentes que se tenham mantido activos por um curto período de tempo. Mas também os há. Teremos de recuar quase 25 anos para encontrarmos, talvez, o melhor exemplo de como um projecto efémero abalou, social e musicalmente, a sociedade britânica. Estamos a falar dos Frankie Goes To Hollywood.
Oriundos de Liverpool em 1980, começaram por denominar-se Hollycaust, estranho nome ou nem por isso, não fosse o vocalista chamar-se Holly Johnson. A mudança para Frankie Goes To Hollywood deu-se quando a banda retirou o nome de um cartaz promocional de um show de Frank Sinatra. Holly Johnson era o carismático front-man, secundado por Paul Rutherford (vocalista e teclados), Peter Gill (bateria e percurssão), Mark O`Toole (baixo) e Brian Nash (guitarra).
O percurso de Relax no top britânico foi inicialmente modesto (35º lugar), tendo apenas alcançado o Top 10 depois da estreia da banda no programa Top Of The Pops em Janeiro de 84. Mas o melhor estava ainda para vir quando a BBC censurou a música, considerando-a obscena pelo conteúdo sexualmente sugestivo. Foi a melhor publicidade que Relax podia ter tido, suportada por uma eficaz campanha promocional dirigida pelo jornalista musical Paul Morley, responsável pelas célebres T-shirts onde se podia ler “ Frankie Says… “ e “ Relax “. A polémica estava instalada e a sorte grande tinha saído aos Frankie Goes To Hollywood, com o single de estreia a atingir o Nº1 do top britânico a 28 de Janeiro de 1984.
Mas nem só de marketing viveu Relax. Era realmente uma grande música com um produtor à altura, o famosíssimo Trevor Horn (dos The Buggles, de Vídeo killed the radio star). A sonoridade era inovadora devido a uma nova abordagem da electrónica. Os próprios Duran Duran ficaram de tal forma surpreendidos com a electrónica da música, que chamaram-lhe “ parede electrónica “, a fazer lembrar a “ wall of sound “ de Spector. A sensação de se estar perante algo de novo e ao mesmo tempo polémico e provocante fez dos Frankie Goes To Hollywood um novo ícone, não apenas musical como também sexual e alvo da admiração da comunidade gay. De praticamente desconhecidos passaram a estrelas à escala mundial em poucos meses, protagonizando em 84 a vanguarda e o futuro do rock.
Para além de Relax, mais outros dois singles conseguiriam o feito de chegar a Nº1, Two tribes e The power of love. De uma assentada o álbum Welcome to the pleasuredome, que também chegou ao primeiro lugar da tabela de vendas britânica, tinha 3 singles em Nº1, mais um 2º lugar do single homónimo.
Com a fasquia elevada ao máximo, o já difícil segundo álbum para qualquer banda, seria ainda mais difícil para os Frankie Goes To Hollywood. Em 86 é editado Liverpool e os resultados ficam aquém das expectativas. O fracasso só não foi maior porque o álbum alcança o 5º lugar do top britânico e coloca o single Rage hard em Nº4. Mas perante o furacão que foi Welcome to pleasuredome, Liverpool fica a saber a pouco. No início de 87 a banda dá início à tournée de promoção do segundo álbum, que termina poucos meses depois, colocando um ponto final no projecto. A audiência dos Frankie Goes To Hollywood parecia ter-se eclipsado e tanto Holly Johnson como Paul Rutherford seguiram carreiras a solo.
Quanto maior a subida, mais rápida a queda e foi precisamente isto que aconteceu ao grupo que um dia simbolizou o futuro do rock. Daí o título deste artigo “ O futuro mais que passado… “.
Muitas vezes catalogados como banda “ One Hit Wonder “, penso que os Frankie Goes To Hollywood, pelo impacto social e musical que tiveram, estiveram uns passos à frente dos seus concorrentes directos (diga-se projectos de curto prazo), para justificar ficarem excluídos daquele estigmatizante cliché. Para a história ficam os números: só o single Relax pode orgulhar-se de ter vendido quase 2 milhões de cópias (apenas em solo britânico), mantendo-se ainda hoje como uma das músicas mais populares de todos os tempos. Fiquem com o video...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Pet Shop Boys e a-ha frente a frente!

Em meados da década de 80, duas bandas distinguiram-se ao fazer pop comercial de qualidade: os ingleses Pet Shop Boys e os noruegueses a-ha. Ambas conseguiram fugir ao cliché europop, alicerce de muitas bandas de duvidosa qualidade, sustentado em grande parte pelo trio de produtores sueco Stock, Aitken e Waterman. Esta autêntica máquina de produzir música de plástico sabia o que fazia e a prova disso foi o início fulgurante da carreira de Kylie Minogue. Mas outros nomes ficariam igualmente conhecidos do grande público, como Rick Astley, Bananarama, Mel & Kim ou Dead or Alive. A sua música era de tal forma standardizada que parecia que apenas mudavam os músicos, mantendo-se sempre a mesma sonoridade.
Mas a prova de que a música pop pode ter qualidade e identidade, está nas duas bandas que protagonizam mais um frente a frente no Eléctrico 80: Pet Shop Boys e a-ha. Os primeiros, naturais de Londres e formados pela dupla Neil Tennant e Christopher Lowe, seguiram uma sonoridade virada para as pistas de dança, enquanto que os a-ha, oriundos de Oslo e formados pelo trio Marten Harket, Pal Waaktaar e Magne Furuholmen, assimilaram influências mais próximas da synth-pop e da new wave. Sem os Pet Shop Boys jamais a pop dançável ganharia o respeito da crítica e sem os a-ha, dificilmente outra banda exploraria tão bem o videoclip, como o fizeram os Duran Duran na primeira metade da década de 80. A música pop tinha o futuro assegurado por mais uns anos.
O ano de 1985 marca então a estreia dos Pet Shop Boys e dos a-ha. Desde a sua fundação, em 81 e 82 respectivamente, teriam de esperar alguns anos até alcançarem o sucesso que aconteceria logo com os singles de estreia, West End Girls, que catapultou os Pet Shop Boys para a 1ª posição dos tops britânico e norte-americano e Take on Me que apenas perderia o 1º lugar do top britânico, ficando-se pela 2ª posição. Em matéria de álbuns, os a-ha saíram-se melhor, já que Hunting High and Low chegou a número 2 da tabela de vendas britânica, enquanto que Please dos Pet Shop Boys teve de se contentar com o 3º lugar. A explicação do sucesso no lado de lá do Atlântico deveu-se à sonoridade dance-pop de West End Girls, facilmente assimilável pela juventude norte-americana. Já em relação aos noruegueses, o êxito de Take on Me, justifica-se pelo excelente vídeo popularizado pela MTV. Realizado segundo uma técnica de animação denominada “ rotoscopia “, na qual cada quadro do vídeo filmado é posteriormente desenhado à mão para dar o efeito de desenho animado, viria a vencer seis categorias no MTV Vídeo Music Awards.
A carreira dos Pet Shop Boys foi muito regular nos anos seguintes, alcançando mais três primeiros lugares no top britânico com os singles It´s a sin, Always on my mind e Heart e uma primeira posição com o álbum Very em 93. Outros temas ficariam igualmente na memória de todos como Suburbia, What have o done to deserve this? e Domino dancing. Nos anos 90 a chama apagou-se um pouco, mas nem por isso deixaram de ser presença regular nos tops. Desde a versão do tema dos U2 Where he streets have no name, passando por Go West, outra versão, desta vez dos Village People, até Se a vida é, sem esquecer os mais recentes New York City Boy e Home and dry, penso que teremos Pet Shop Boys por mais uns bons anos.
O mesmo não se poderá dizer em relação aos a-ha. Apesar do sucesso igualmente constante ao longo da década de 80, com o single The sun always shine on tv a alcançar o 1º lugar do top britânico e do sucesso de temas como Hunting high and low, I`ve been losing you, Cry wolf e The living daylights, este último a fazer parte da banda sonora do filme 007 – Risco Imediato, os a-ha apenas alcançariam mais um Top10 em solo britânico com o single Stay on these roads em 88. Ainda neste ano e com alguma popularidade, não nos podemos esquecer de Touchy! e You are the one. O single Crying in the rain do álbum East of the Sun West of the Moon de 90 foi, talvez, o último grande êxito dos a-ha. A carreira do trio norueguês entrava agora numa fase menos mediática, à semelhança de outras bandas dos anos 80, embora com bons álbuns. O principal factor que terá contribuído para que a carreira dos Pet Shop Boys permanecesse mais activa terá sido a menor erosão da sonoridade dance-pop ao passar dos tempos. Neste aspecto os a-ha ficaram mais limitados e por isso menos adaptados, apesar da qualidade dos seus trabalhos até aos dias de hoje. O facto de serem oriundos de outro país, se bem que menos relevante, poderá ser outro factor a ter em conta.
Apenas como termo de comparação, a seguinte tabela revela-nos o desempenho dos Pet Shop Boys e dos a-ha no top britânico.

PET SHOP BOYS NO TOP BRITÂNICO (até 31/12/2005)
Posição geral: 59º (596 semanas)
Álbuns: 14 (352 semanas)
Álbuns em Top 10: 11
Singles: 38 (244 semanas)
Singles em Top 10: 21
Álbuns (excepto compilações) - Posição máxima
Please -
Disco - 15º
Actually -
Introspective -
Behaviour -
Very -
Disco2 -
Alternative -
Bilingual -
Nightlife -
Release -
Disco3 - 36º

A-HA NO TOP BRITÂNICO (até 31/12/2005)
Posição geral: 211º (289 semanas)
Álbuns: 9 (156 semanas)
Álbuns em Top 10: 3
Singles: 19 (133 semanas)
Singles em Top 10: 8
Álbuns (excepto compilações) - Posição máxima
Hunting high and low -
Scoundrel days -
Stay on these roads -
East of the sun west of the moon - 12º
Memorial beach - 12º
Minor earth major sky - 27º
Lifelines - 67º