Aquando da publicação do post sobre os Heróis do Mar sugeri o regresso do grupo nem que fosse apenas para um único concerto. O filme/documentário deu o mote e visto estarmos a atravessar uma boa onda no que respeita ao revivalismo da música dos anos 80, está na hora de nos mexermos e fazer com que isso aconteça. Penso que seja a vontade de muita gente. Gostaria de saber a vossa opinião. Quando mais se manifestarem mais argumentos teremos para que o sonho se transforme em realidade. O próprio Rui Pregal da Cunha já afirmou... " nunca poderei dizer que desta água não beberei... "
quinta-feira, 29 de março de 2007
quarta-feira, 28 de março de 2007
Human League em Portugal a 16 de Junho!
" O sítio na internet Electronically Yours garante a sua presença em Portugal naquele dia, não adiantando contudo qualquer localidade para a apresentação da banda de Phil Oakey. " (Blitz online)
Depois de perder a esperança de ver os The Human League em Portugal, rumei a Londres par a assitir ao concerto desta banda no Shepherds Bush Empire a 1 de Dezembro último (mais fotos no post de 18 de Dezembro).
É com muita satisfação que soube da notícia, apesar do atraso devido a problemas com o pc que me têm impedido de aceder à net com mais regularidade. Será mais um fantástico concerto a não perder. The Human League em Portugal a 16 de Junho... EU VOU!:)
É com muita satisfação que soube da notícia, apesar do atraso devido a problemas com o pc que me têm impedido de aceder à net com mais regularidade. Será mais um fantástico concerto a não perder. The Human League em Portugal a 16 de Junho... EU VOU!:)
terça-feira, 27 de março de 2007
Em 2001 a nostalgia de 80 era assim...
Sendo o principal objectivo deste blog a divulgação da música dos anos 80, tal não significa que não sejam apresentados exemplos mais recentes de bandas inspiradas na sonoridade daquela década. Recentemente falámos dos australianos Van She. Desta vez recuámos ao ano de 2001, quando os britânicos Zoot Woman nos brindaram com o brilhante álbum de estreia " Living in a Magazine ". As referências à vivência do Jet-Set, onde a vida não passa de uma representação e uma imagem vale mais que mil palavras, rementem-nos para ambientes de " Girls on film " ou " Rio " dos Duran Duran. Para além do single homónimo, o álbum dos Zoot Woman contém outras pérolas, com destaque para a brilhante versão dos Kraftwerk " The model ".
1 It's Automatic
2 Living in a Magazine
3 Information First
4 You and I
5 Nobody Knows, Pt. 1
6 Nobody Knows, Pt. 2
7 The Model
8 Jessie
9 Chicago Detroit L.A.
10 Losing Sight
11 Holiday Home
terça-feira, 13 de março de 2007
Dos fracos não reza a história...
Em primeiro lugar gostaria de apresentar as minhas desculpas pelo atraso na publicação deste post. Depois de alguns adiamentos, a fazer lembrar o recente festival de Hip-Hop, vamos ao que interessa e falar, finalmente, dos Heróis do Mar.
Como já devem ter reparado, os Heróis do Mar são a minha banda portuguesa de eleição dos anos 80, a par de António Variações. O especial cuidado com que procurei fazer a retrospectiva da carreira do grupo tem a ver com critérios de isenção que sempre impus aos posts do Eléctrico 80.
Estreou a 8 de Março último o filme/documentário intitulado “ Brava Dança “, apresentado pela primeira vez no festival Doc Lisboa em Outubro do ano passado. A coincidir com esta estreia foi lançada mais uma compilação, a 4ª, que, de todas a editadas, é a mais abrangente (embora incompleta) da carreira dos Heróis do Mar. Para quem queira começar a descobrir ou ainda não tenha qualquer discografia, “ Amor – O melhor dos Heróis do Mar “ é um bom ponto de partida.
Primeiro os Faíscas, depois o Corpo Diplomático e finalmente os Heróis do Mar em 1980. Pedro Ayres Magalhães convida então António José de Almeida (baterista dos Tantra) e Rui Pregal da Cunha para um novo projecto. Para além de Pedro Ayres, transitavam do Corpo Diplomático Carlos Maria Trindade e Pedro Paulo Gonçalves. Uma curiosidade: quando o Corpo Diplomático abriu audições para um vocalista, um dos candidatos foi António Variações que chumbou. Sendo conhecido como cabeleireiro e não como músico os elementos da banda aproveitaram e pediram para Variações lhes fazer o corte de cabelo.
De volta à música… procurando fazer uma nova abordagem da música portuguesa, os Heróis do Mar foram acusados de nacionalistas e fascistas, quando volvidos poucos anos sobre a revolução dos cravos, falar sobre portugalidade era considerado assunto tabu. A estética complementava a música e ambas fundiam-se num corpo único, daí que não esteja longe da verdade considerar os Heróis do Mar como a primeira banda pop moderna portuguesa, seguindo os trilhos dos britânicos Spandau Ballet e Duran Duran.
No que respeita a discos, o primeiro single sai em Agosto de 81 “Saudade/Brava Dança dos Heróis “, ambos os temas a fazerem parte do LP de estreia “ Heróis do Mar “, também de 81.
Ainda sem garantias quanto ao sucesso comercial e com uma crítica adversa, os Heróis do Mar viviam tempos difíceis até que surgiu, em 82, o máxi-single “ O Amor “. De um momento para o outro tornaram-se a banda do momento. Os jovens portugueses podiam dançar nas discotecas ao som de um hit cantado na sua língua. O sucesso comercial estava assegurado mas a crítica acusava-os agora de vendidos ao mercado.
Ainda neste ano os Heróis do Mar rumam a Paris para fazerem a primeira parte do concerto dos Roxy Music.
No ano seguinte sai o segundo LP “ Mãe “ que se revela um flop, sem que nenhuma música se consiga impor. Ainda neste ano é editado o single “ Paixão “ que faz esquecer o fracasso do álbum anterior. A revista inglesa “ The Face “ considera os Heróis do Mar como o melhor grupo de Rock da Europa.
Em 1984 colaboram com António Variações como banda de suporte no seu segundo álbum “ Dar & Receber “. Esta parceria, idêntica à estabelecida entre aquele músico e os GNR no seu álbum de estreia “ Anjo da Guarda “, revelar-se-ia um enorme sucesso.
Ainda neste ano é lançado o mini-LP “ O Rapto “ de onde são retirados os temas “ Supersticioso “ e “ Só gosto de ti “. Apesar do sucesso, a banda estava longe do espírito dos primeiros tempos e mantinha-se mais por questões comerciais e com uma estética a fazer lembrar uma vulgar banda de Rock.
Em 1985 o single “ Alegria “, à semelhança de “ Paixão “, embora pior, é mais um tema fabricado para as pistas de dança. Partem depois para Macau com o objectivo de procurarem inspiração para o novo álbum e ficam por lá um mês. O seu regresso é marcado pela roptura com a Polygram e o álbum seguinte “ Macau “ de 86 já é gravado nos estúdios Valentim de Carvalho em Paço de Arcos.
Com este álbum os Heróis do Mar tentam recuperar alguma da essência que esteve na génese da banda. O sucesso comercial não foi uma prioridade embora o single “ Fado “ tivesse obtido um relativo sucesso. Em 1987 é editado o single “ O inventor “, revelando uns Heróis do Mar já muribundos.
Pedro Ayres Magalhães já não estava a tempo inteiro na banda e o tempo era dividido com o seu novo projecto “ Madredeus “. A banda mantinha-se mas os seus elementos passavam cada vez menos tempo juntos. O princípio do fim começou com a saída de António José de Almeida, que já não participou no álbum seguinte “ Heróis do Mar IV “ de 88, sendo substituído por uma caixa de ritmos. Deste álbum foi retirado o single “ Eu quero “, que apesar de delicioso no que respeita aos arranjos revelava uns Heróis do Mar sem alma. Em 1989 acabaria por ser editado mais um single “ Africana “, antes do fim inevitável em Outubro deste ano.
Quanto aos restantes membros, Pedro Paulo Gonçalves e Rui Pregal da Cunha fundaram os LX-90 (mais tarde Kick Out of The Jams) com uma sonoridade próxima da cena de “ Madhester “. Carlos Maria Trindade dedicou-se à produção e tem dois álbuns editados. Presentemente é teclista dos Madredeus, tendo substituído Rodrigo Leão. Pedro Paulo Gonçalves abriu um atelier de roupa com a mulher, em Londres e exploram o conceito de fazer roupa a partir de roupa. Já vestiram nomes conhecidos como David Bowie e os Blur.
A importância dos Heróis do Mar para a música portuguesa é muito maior do que a sua consistência enquanto banda. Os álbuns oscilaram muito, musicalmente e em termos de qualidade. Quando um álbum não resultava fazia-se um single para vender e esquecer o álbum anterior. Temas como “ O Inventor “ e “ Eu Quero “ por muito bonitos que soassem serviam apenas para mostrar ao mercado que a banda estava viva, quando isso não era verdade. Apesar da sua história ser em tudo idêntica à da típica e efémera banda Rock que tem um início difícil, conhece o sucesso, depois a sobrevivência e a manutenção das aparências e por fim o colapso, acabaram por deixar a sua marca num Portugal onde tudo estava por fazer. Até então a música não era encarada de forma profissional e os Heróis do Mar fizeram-no.
Como já referi não é injusto o rótulo de primeira banda pop moderna portuguesa uma vez que, os Heróis do Mar foram pioneiros na criação e exploração de uma imagem associada à música, definindo um padrão seguido mais tarde por outros músicos e que ainda se mantém válido. A música só por si não fazia sentido sem uma estética associada.
Com altos e baixos os Heróis do Mar deixaram-nos algumas das melhores pérolas que ficarão para sempre na história da música portuguesa. São temas intemporais que não deixam ninguém indiferente, para quem os acompanhou e para as gerações mais novas que apenas ouviram falar deles.
Para terminar recomendo que vejam o documentário, comprem a compilação e esperem pelo regresso dos Heróis do Mar, nem que seja para um único concerto. Dos fracos não reza a história…
Estreou a 8 de Março último o filme/documentário intitulado “ Brava Dança “, apresentado pela primeira vez no festival Doc Lisboa em Outubro do ano passado. A coincidir com esta estreia foi lançada mais uma compilação, a 4ª, que, de todas a editadas, é a mais abrangente (embora incompleta) da carreira dos Heróis do Mar. Para quem queira começar a descobrir ou ainda não tenha qualquer discografia, “ Amor – O melhor dos Heróis do Mar “ é um bom ponto de partida.
Primeiro os Faíscas, depois o Corpo Diplomático e finalmente os Heróis do Mar em 1980. Pedro Ayres Magalhães convida então António José de Almeida (baterista dos Tantra) e Rui Pregal da Cunha para um novo projecto. Para além de Pedro Ayres, transitavam do Corpo Diplomático Carlos Maria Trindade e Pedro Paulo Gonçalves. Uma curiosidade: quando o Corpo Diplomático abriu audições para um vocalista, um dos candidatos foi António Variações que chumbou. Sendo conhecido como cabeleireiro e não como músico os elementos da banda aproveitaram e pediram para Variações lhes fazer o corte de cabelo.
De volta à música… procurando fazer uma nova abordagem da música portuguesa, os Heróis do Mar foram acusados de nacionalistas e fascistas, quando volvidos poucos anos sobre a revolução dos cravos, falar sobre portugalidade era considerado assunto tabu. A estética complementava a música e ambas fundiam-se num corpo único, daí que não esteja longe da verdade considerar os Heróis do Mar como a primeira banda pop moderna portuguesa, seguindo os trilhos dos britânicos Spandau Ballet e Duran Duran.
No que respeita a discos, o primeiro single sai em Agosto de 81 “Saudade/Brava Dança dos Heróis “, ambos os temas a fazerem parte do LP de estreia “ Heróis do Mar “, também de 81.
Ainda sem garantias quanto ao sucesso comercial e com uma crítica adversa, os Heróis do Mar viviam tempos difíceis até que surgiu, em 82, o máxi-single “ O Amor “. De um momento para o outro tornaram-se a banda do momento. Os jovens portugueses podiam dançar nas discotecas ao som de um hit cantado na sua língua. O sucesso comercial estava assegurado mas a crítica acusava-os agora de vendidos ao mercado.
Ainda neste ano os Heróis do Mar rumam a Paris para fazerem a primeira parte do concerto dos Roxy Music.
No ano seguinte sai o segundo LP “ Mãe “ que se revela um flop, sem que nenhuma música se consiga impor. Ainda neste ano é editado o single “ Paixão “ que faz esquecer o fracasso do álbum anterior. A revista inglesa “ The Face “ considera os Heróis do Mar como o melhor grupo de Rock da Europa.
Em 1984 colaboram com António Variações como banda de suporte no seu segundo álbum “ Dar & Receber “. Esta parceria, idêntica à estabelecida entre aquele músico e os GNR no seu álbum de estreia “ Anjo da Guarda “, revelar-se-ia um enorme sucesso.
Ainda neste ano é lançado o mini-LP “ O Rapto “ de onde são retirados os temas “ Supersticioso “ e “ Só gosto de ti “. Apesar do sucesso, a banda estava longe do espírito dos primeiros tempos e mantinha-se mais por questões comerciais e com uma estética a fazer lembrar uma vulgar banda de Rock.
Em 1985 o single “ Alegria “, à semelhança de “ Paixão “, embora pior, é mais um tema fabricado para as pistas de dança. Partem depois para Macau com o objectivo de procurarem inspiração para o novo álbum e ficam por lá um mês. O seu regresso é marcado pela roptura com a Polygram e o álbum seguinte “ Macau “ de 86 já é gravado nos estúdios Valentim de Carvalho em Paço de Arcos.
Com este álbum os Heróis do Mar tentam recuperar alguma da essência que esteve na génese da banda. O sucesso comercial não foi uma prioridade embora o single “ Fado “ tivesse obtido um relativo sucesso. Em 1987 é editado o single “ O inventor “, revelando uns Heróis do Mar já muribundos.
Pedro Ayres Magalhães já não estava a tempo inteiro na banda e o tempo era dividido com o seu novo projecto “ Madredeus “. A banda mantinha-se mas os seus elementos passavam cada vez menos tempo juntos. O princípio do fim começou com a saída de António José de Almeida, que já não participou no álbum seguinte “ Heróis do Mar IV “ de 88, sendo substituído por uma caixa de ritmos. Deste álbum foi retirado o single “ Eu quero “, que apesar de delicioso no que respeita aos arranjos revelava uns Heróis do Mar sem alma. Em 1989 acabaria por ser editado mais um single “ Africana “, antes do fim inevitável em Outubro deste ano.
Quanto aos restantes membros, Pedro Paulo Gonçalves e Rui Pregal da Cunha fundaram os LX-90 (mais tarde Kick Out of The Jams) com uma sonoridade próxima da cena de “ Madhester “. Carlos Maria Trindade dedicou-se à produção e tem dois álbuns editados. Presentemente é teclista dos Madredeus, tendo substituído Rodrigo Leão. Pedro Paulo Gonçalves abriu um atelier de roupa com a mulher, em Londres e exploram o conceito de fazer roupa a partir de roupa. Já vestiram nomes conhecidos como David Bowie e os Blur.
A importância dos Heróis do Mar para a música portuguesa é muito maior do que a sua consistência enquanto banda. Os álbuns oscilaram muito, musicalmente e em termos de qualidade. Quando um álbum não resultava fazia-se um single para vender e esquecer o álbum anterior. Temas como “ O Inventor “ e “ Eu Quero “ por muito bonitos que soassem serviam apenas para mostrar ao mercado que a banda estava viva, quando isso não era verdade. Apesar da sua história ser em tudo idêntica à da típica e efémera banda Rock que tem um início difícil, conhece o sucesso, depois a sobrevivência e a manutenção das aparências e por fim o colapso, acabaram por deixar a sua marca num Portugal onde tudo estava por fazer. Até então a música não era encarada de forma profissional e os Heróis do Mar fizeram-no.
Como já referi não é injusto o rótulo de primeira banda pop moderna portuguesa uma vez que, os Heróis do Mar foram pioneiros na criação e exploração de uma imagem associada à música, definindo um padrão seguido mais tarde por outros músicos e que ainda se mantém válido. A música só por si não fazia sentido sem uma estética associada.
Com altos e baixos os Heróis do Mar deixaram-nos algumas das melhores pérolas que ficarão para sempre na história da música portuguesa. São temas intemporais que não deixam ninguém indiferente, para quem os acompanhou e para as gerações mais novas que apenas ouviram falar deles.
Para terminar recomendo que vejam o documentário, comprem a compilação e esperem pelo regresso dos Heróis do Mar, nem que seja para um único concerto. Dos fracos não reza a história…
Amor - O melhor dos Heróis do Mar
1. Amor (Parte I)
2. O Inventor
3. Paixão
4. Supersticioso
5. Fado
6. Saudade
7. Só Gosto de Ti
8. Eu Quero (Mistura Possessiva)
9. Alegria
10. Glória do Mundo
11. Cachopa
12. Brava Dança dos Heróis
13. Só no Mar
14. Africana
15. Revolução
16. Café
17. Amor (Versão Nocturna)
terça-feira, 6 de março de 2007
RADAR 20 ANOS: " A música que marcou uma geração, 20 anos depois... "
Como em todas as décadas, os anos 80 tiveram de tudo no que respeita à música: bom, mau, assim-assim, etc. Mas durante alguns anos, mais concretamente em meados da década de 90, o som daquela década foi completamente desacreditado, dando corpo à teoria de que na década seguinte é inevitável o desprezo pela década anterior. O bom, o mau e o assim-assim foram metidos no mesmo saco e tudo o que era 80s era mau e sobretudo piroso.
Em entrevista dada ao DN, em 98, os Duran Duran afirmaram que só com uma década de intervalo é que o mundo da música olharia para os 80s de outra forma. Este palpite não andou muito longe da realidade. De facto existe hoje um interesse crescente pela sonoridade de finais de 70, inícios 80, estando o som dos 90s, de certa forma, fora de moda, tal como os 80s á dez anos atrás. O que era mau dos 80s passou, agora, de piroso a “ kischt “ e pode escutar-se nalgumas rádios locais, o assim-assim é rotulado de “ mainstream “ e engorda as play-lists de rádios de grande audiência, e o bom é catalogado de “ alternativo “, mas sem grande divulgação em termos de rádio, à excepção da RADAR FM.
De facto, o “ RADAR 20 ANOS “ é o único programa de rádio que recupera todo a sonoridade que marcou a geração dos pós-punk e fonte de inspiração para muitas bandas emergentes da actualidade, bem como outras já consagradas. É certo que não se trata de um programa exclusivamente dedicado à música dos anos 80 e tanto podemos escutar uma música de meados de 70s, como do início de 90s. Mas os fãs dos 80s podem ficar tranquilos porque a melhor música desta década está bem representada. O pessoal da RADAR não se esqueceu dos Duran Duran, Depeche Mode, The Human League e OMD, ou dos nossos Sétima Legião e GNR.
Mas os principais responsáveis por este crescente interesse pelo som alternativo de à vinte e tal anos atrás são hoje nomes grandes da música que dispensam apresentações. É muito provável que o trintões de hoje se sintam seduzidos pelo som dos Interpol, The Bravery, The Strokes ou Arcade Fire. O primeiro álbum dos escoceses The Fratellis muito subtilmente intitula-se “ Costello music “. Mesmo sem encontrarmos semelhanças evidentes entre o som deste trio escocês e o som de Elvis Costello, a simples referência ao seu nome mostra a influência e respeito por toda uma sonoridade do seu tempo. Se escutarmos o single “ In the mornig “ dos britânicos Razorlight, encontramos já uma maior proximidade com o som de Costello, ou mesmo dos The Boomtown Rats, já para não falar da semelhança de vozes entre Johnny Borrell e Bob Geldof.
De certa forma devemos agradecer a esta nova geração de músicos a recuperação da credibilidade do velhinho som pós-punk, que andava pelas ruas da amargura. A RADAR FM está de parabéns ao prestar a devida homenagem em " RADAR 20 ANOS ". Se estiverem em zonas onde não seja possível captar a frequância 97.8 FM, poderão fazê-lo através do site www.radarlisboa.fm ou pelo serviço de rádio da TV Cabo.
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