Concerto - The Police em Portugal... 27 anos depois

" O concerto dos Police em solo nacional está finalmente confirmado. A data de 25 de Setembro é avançada no site oficial da banda, estando a actuação prevista para o Estádio Nacional, em Oeiras.
Depois de muitos rumores, o regresso da banda britânica a Portugal (depois de um concerto no Estádio do Restelo em 1980) está finalmente confirmado. Os preços dos bilhetes ainda não foram avançados, mas a informação deverá estar disponível em breve. "

E já agora... a pior parte!

" Os ingressos vão estar disponíveis em exclusivo nas agências do banco Barclays Portugal e os preços são os seguintes: €55 (relvado), €65 (relvado VIP), €70 (bancadas norte e sul), €80 (Bancada Gold norte e sul) e €95 (bancada VIP). " (Blitz Online)

" Hora do Bolo " - A minha Playlist e outras considerações...

Para quem não saiba, a " Hora do Bolo " é um programa da Radar que vai para o ar aos Sábados pelas 17:00h. e Domingos pelas 16:00h. São programas como estes que tornam a Radar numa rádio diferente, onde a ditadura das playlists menos se faz sentir. A propósito de playlists, li ontem num jornal uma crítica que retrata com perfeição o actual estado da rádio em Portugal:

" Os tempos não andam de feição para quem começa a precisar de se mostrar: a crise discográfica obriga a um afunilamento drástico e deixa à margem quem não alinha no " bloco central " (entenda-se fazer música comercial que tenha presença assegurada nas rádios de grande audiência). Resultado: se até os consagrados têm dificuldade em fazer-se ouvir - também por culpa de uma rádio maioritariamente preguiçosa, conformada e analfabeta - imagine-se o que será a luta de quem persegue a primeira obra. "

Voltando à " Hora do Bolo "... no Sábado passado tive a oportunidade de escolher a playlist deste programa. A coisa passa-se mais ou menos assim: envia-se uma playlist com 12 das nossas músicas preferidas e, caso seja escolhida, somos chamados ao estúdio para participarmos no programa e explicarmos a razão da nossa playlist. Apesar do nervoso miudinho próprio de quem não está familiarizado com o ambiente da rádio, foi uma experiência enriquecedora. Gostaria de um dia poder ter o meu próprio programa de rádio, ideia que ao longo dos últimos anos tem vindo a ganhar forma, e que saiu reforçada com a participação na " Hora do Bolo ".

Sendo a Radar uma estação de perfil alternativo e independente, convém ter algum bom senso na escolha da playlist, quero com isto dizer que as músicas escolhidas deverão enquadrar-se dentro do espírito da rádio. Antes de terminar, não gostaria deixar de referir que uma parte significativa do som que a Radar passar (considerado alternativo em Portugal), não é mais que pop e rock comum com direito a tempo de antena nas ditas rádios de grande audiência do Reino Unido. Infelizmente o panorama radiofónico em Portugal é este e é pena que nomes como The Killers, Bloc Party, Artic Monkeys, Franz Ferdinand, Kaiser Chiefs ou Klaxons, passem ao lado da maioria dos portugueses. Não se conheçe porque não se ouve e não se ouve porque não passa na rádio. É a rádio preguiçosa, conformada e analfabeta que temos. Mas as coisas estão a mudar (lentamente é certo) e os cartazes dos principais festivais de Verão são disso o exemplo: uma lufada de ar fresco no meio do marasmo dos mercados discográfico e rediofónico nacionais, com excepção da Radar, Antena 3 e pouco mais... a alternativa está em 97.8 FM.

Eis a minha playlist... recheada de muita New Wave:

Sétima Legião - "Glória" (Portugal, 1983)

Post Hit - "Vanishing Boys" (Portugal, 2005)

Sparks - "This Town Ain't Big Enough..." (Estados Unidos, 1974)

Kraftwerk - "The Robots" (Alemanha, 1978)

Elvis Costello - "Pump It Up" (Reino Unido, 1978)

Gary Numan - "Cars" (Reino Unido, 1979)

INXS - "Just Keep Walking" (Austrália, 1980)

Human League - "The Things That Dreams..." (Reino Unido, 1981)

Blur - "On Your Own" (Reino Unido, 1997)

Kaiser Chiefs - "Everyday I Love You Less..." (Reino Unido, 2005)

The Killers - "Read My Mind" (Estados Unidos, 2006)

Bloc Party - "I Still Remember" (Reino Unido, 2007)

" 15 minutos de fama " - Nik Kershaw

Natural de Bristol, Nik Kershaw ficou conhecido do grande público com temas como “ Wouldn't It Be Good “ e “ I Won't Let the Sun Go Down on Me “ do álbum Human Racing de 83 e “ The Riddle “ do álbum homónimo de 84, temas que ainda hoje recordamos com saudade. Mas ultrapassar os “ 15 minutos de fama “ não está ao alcance de todos e a carreira de Nik Kershaw foi-se eclipsando, à semelhança de nomes como Limahl e Howard Jones. Este último chegou a ser uma espécie de rival amigo de Kershaw, realidade que entre nós não teve a mesma expressão do Reino Unido, já que a carreira de Howard Jones não teve o mesmo impacto em Portugal. Kershaw por seu lado adquiriu outra notoriedade, chegando a actuar no programa “ Rodas dos Milhões “, apresentado por Jorge Gabriel e transmitido pela SIC nos anos 90. Mas era mais um Nik Kershaw a viver da glória do passado do que uma verdadeira estrela. Samantha Fox e Sigue Sigue Sputnik foram algumas das estrelas já sem brilho que também passaram pelo programa. Para terminar não poderia deixar de referir a passagem de Nik Kershaw pelo Live Aid em 85, talvez o ponto mais alto da sua carreira. Mas tal como Adam Ant, seria o princípio do fim. Daqui para a frente a carreira de ambos entrava em estado quase-vegetativo e de pouco ou nenhum reconhecimento. Deixo-vos com o video de " The Riddle ", vale a pena recordar...

" 15 minutos de fama " - Starship

Se há bandas que tiveram os seus quinze minutos de fama, os Starship foram uma delas. Naturais de São Francisco e formados em 1984 por um dos membros fundadores dos Jefferson Airplane Paul Kantner, editaram três álbuns, Knee Deep in the Hoopla (85), No Protection (87) e Love Among the Cannibals (89). " Nothing´s Gonna Stop Us Now " do segundo álbum e música da banda sonora do filme " Manequim " foi o maior êxito do grupo em solo britânico, atingindo o 1º lugar da tabela de vendas à precisamente vinte anos. Os singles " We Built this City " e " Sara " do primeiro álbum conseguiram feito idêntico nos Estados Unidos. Mas como não há bela sem senão, as vendas do terceiro disco foram desapontantes e a saga terminou um ano mais tarde. Apenas uma curiosidade: um dos co-autores de " Nothing´s Gonna Stop Us Now " foi Albert Hammond, pai de Albert Hammond Jr., guitarrista dos The Strokes.