sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Suspensão temporária da actividade do Eléctrico 80!
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Em 2001 a nostalgia de 80 era assim...

Os Ladytron formaram-se em 1998 e estabeleceram-se em Liverpool depois do grupo ficar completo. A génese do projecto foram os músicos Daniel Hunt e Reuben Wu (ambos ingleses) que, depois de uma estadia pelo Japão como DJs, viajaram pelo mundo onde acabariam por conhecer na Bulgária a vocalista Mira Aroyo. Pouco tempo depois a escocesa Helen Marnie (segunda vocalista e teclista) tornava-se no quarto elemento do grupo. O primeiro single foi He Took Her to a Movie que viria a fazer parte do álbum de estreia 604, fortemente aclamado pela crítica. Mas a sorte grande dos Ladytron estava reservada para Playgirl, tema que os consagrou e deu a conhecer a um público mais vasto. Depois de 2001 os Ladytron editaram ainda mais dois álbuns de originais (Light & Magic e Witching Hour) e dois de remisturas (Softcore Jukebox e Extended Play), sem que de nenhum destes tivesse resultado um single tão marcante como Playgirl. Vale a pena recordar...
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
The Killers e Bloc Party frente a frente!

Com já referi são duas bandas importantantes do rock da nova geração, perfeitamente estabelecidas, cujo potencial perspectiva um futuro promissor. Se há nomes que logo à partida não passam de fenómenos efémeros, penso não ser o caso dos Bloc Party e dos The Killers. A carreira destas bandas apresenta alguns pontos comuns, como o facto de ambas terem editado dois álbuns, em que os últimos tiveram um acolhimento menos entusiástico pela crítica relativamente aos primeiros. As preocupações artísticas são também uma imagem de marca, ao nível dos membros da banda nos caso dos The Killers e das excelente execuções gráficas das capas dos singles dos Bloc Party. Em Portugal, por exemplo, A Weekend In The City, o segundo álbum dos Bloc Party esteve longe dos elogios do álbum de estreia Silent Alarm, situação bem diferente da do Reino Unido onde a crítica considerou A Weekend In The City, igualmente, como um excelente trabalho.

Começando pelos de The Killers... naturais de Las Vegas, formaram-se em 2002 por Brandon Flowers (vocalista e teclados), David Keuning (guitarra), Mark Stoermer (baixo), e Ronnie Vannucci (bateria). Quer a nível de sonoridade quer de imagem foram até ao primeiro álbum Hot Fuss, de 2004, uma banda New Wave com um grande sentido de estilo, na linha dos seus compatriotas The Bravery. Eram mais ou menos como uns Duran Duran da nova geração e muito mais próximos do Reino Unido do que do seu país natal. O álbum de estreia foi um sucesso e vendeu mais de cinco milhões de cópias. Os singles Somebody Told Me e Mr. Brightside tiveram aceitação imediata. Mas Hot Fuss não se fica por aqui e temas como Smile Like You Mean It, All These Things That I`ve Done, Change Your Mind ou Midnight Show são igualmente merecedores de destaque. Quanto ao segundo álbum Sam`s Town, de 2006, houve uma tentativa de americanizar a sonoridade. Mais ambicioso e épico, são notórias influências do período em que os U2 se estabeleceram na América. Apesar da banda afirmar que não faz música para os gostos dos americanos, e isso poderá ser válido para o primeiro álbum, já no segundo existe uma evidente aproximação a clássicos como Springsteen. O próprio nome do álbum não deixa margem para dúvidas bem como todos os pormenores relacionados com o trabalho artístico da capa, com fotos do deserto a fazer lembrar a paisagem quando se abandona a terra natal da banda, Las Vegas. O destaque imediato vai naturalmente para os singles When You Were Young e Read My Mind, cujo magnífico video curiosamente não tem nada a ver a América. Filmado em Toquio é provavelmente um dos videos mais visionados do YouTube. A conferir também os temas Sam`s Town, Bling (Confession of a King), For Reasons Unknow ou Bones.

Quanto aos Bloc Party, que curiosamente são um pouco menos populares no Reino Unido do que os The Killers (em Portugal passa-se precisamente o contrário, facto ao qual não terá sido alheio a passagem da banda britânica, por duas vezes este ano, pelo nosso país), formaram-se em Londres, em 2003. Fazem parte da banda o vocalista Kele Okereke (o carismático vocalista de voz ácida, que também toca guitarra), Russel Lissack (guitarra), Gordon Moakes (baixo/voz) e Matt Tong (bateria). Primeiro denominaram-se Angel Range, depois Union, mudaram em 2004 para Bloc Party. Tornaram-se conhecidos quando Kele Okereke enviou uma demo aos Franz Ferdinand, que os convidou a tocar na festa de aniversário da Domino Records (editora de Franz Ferdinand e Artic Monkeys, entre outros). Quando comparados com os The Killers, os Bloc Party são uma banda assumidamente mais rock (na sua vertente alternativa). As influências vão desde os Gang of Four, The Cure até Sonic Youth, sem esquecer Joy Division. De forma a refrear a sua vocação punk-rock e chegar a um público mais vasto souberam encontrar a fórmula equilibrada entre guitarras salientes e música de contornos pop, revelando desde cedo evidentes preocupações artísticas nomeadamente no que diz respeito à busca de uma uniformidade estética para as capas dos singles, site, lettering do nome da banda, etc. De facto a fórmula resultou e depois de um primeiro EP, em 2004, é finalmente editado o álbum de estreia Silent Alarm no ano seguinte. A crítica recebeu o álbum com entusiasmo, tendo sido considerado um dos melhores desse ano. Destacaram-se os singles So Here We Are e Banquet, este último utilizado até à exaustão na campanha publicitária da Vodafone, sendo a música mais popular da banda. Para além dos singles principais, fazem parte de Silent Alarm excelentes temas como Like Eating Glass, Helicopter, Blue Light ou This Modern Love. Outro single popular é Two More Years, que fez parte de Silent Alarm Remixed (versão japonesa) bem como de algumas compilações indie. Passando agora a Weekend In The City... mais pesado e negro o segundo álbum dos Bloc Party não foi tão consensual no que respeita à crítica (pelo menos em Portugal), apesar de mais ambicioso no tema e na sonoridade. Trata-se de facto de um álbum conceptual que fala de temas como a solidão e o desânimo nas grandes urbes (mais concretamente Londres). Enquanto Silent Alarm é de um rock mais contido, A Weekend In The City explora mais as guitarras. Exemplo disso é a faixa de abertura Song For Clay (Desappear Here), que apresenta uma sonoridade muito próxima do rock épico dos Muse. O single de apresentação ficou a cargo de The Prayer, seguido de I Still Remember e Hunting for Witches, ambos grandes sucessos. Realce também para o já aqui referido Song For Clay e também para Waiting for the 7.18 e Sunday.

Já os Bloc Party acertaram em cheio com Flux, o seu mais recente single, que à partida parece ter reunido o consenso da crítica, a fazer lembrar os tempos de Silent Alarm. A sonoridade de Flux é mais dançável e faz lembrar Two More Years. A ver vamos o caminho que a banda vai seguir no próximo álbum, cuja data ainda não foi anunciada oficialmente. Para terminar, deixo-vos com os videos Read My Mind do The Killers e I Still Remember dos Bloc Party.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Concerto - Xutos & Pontapés: 20 Anos de " Circo de Feras "

Pessoalmente as primeiras recordações que tenho dos Xutos remontam a este álbum que marcou a minha juventude. Tudo o que fiquei a conhecer do período anterior a Circo de Feras fui descobrindo mais tarde. Lembro-me quando um amigo meu me telefonou a dar-me a boa nova: tinha saído um grande álbum rock em português. Não foi o primeiro, mas certamente um dos primeiros LP que pedi aos meus pais. Até aqui tinha de contentar-me com compilações, só assim podia ter acesso a música variada pelo mesmo preço de um álbum original. De vez em quando enchia-me de coragem e lá pedia um LP. Apesar do início pop, já me tinha aventurado com Born In The USA de Bruce Springsteen ou Slippery When Wet dos Bon Jovi. Aos poucos o rock tinha mais um adepto.
Voltando a Circo de Feras... temas como Contentores, Não Sou o Único, N`América ou Circo de Feras tornaram-se êxitos imediatos. O rock era directo e contagiante como se quer. As músicas transbordavam energia e as letras falavam de evasão e liberdade, numa atmosfera muito próxima de Estou Além de Variações: " estou bem aonde não estou... só quero ir aonde não vou ". O Os portugueses renderam-se aos Xutos, mesmo aqueles que não estavam tão familiarizados com o género. Era frequente ouvir-se cantarolar as letras das músicas mais conhecidas. Circo de Feras marcou uma geração com uma liguangem (embora intemporal) muito próxima da juventude urbana portuguesa de meados de 80. Para além dos temas mencionados, fizeram parte deste autêntico álbum " best of " outras tantas pérolas que, referi-las, seria revelar na totalidade esta obra-prima do rock português.
Como terá sido possível tornar um álbum de apenas nove faixas num colosso da música portuguesa? Mérito da banda? - Certamente! Alguma sorte? Provavelmente, embora inteiramente merecida! Igualmente determinante foi a melhoria das condições de trabalho devido ao contrato assinado com a Polygram e a produção de Carlos Maria Trindade, um dos mais experientes teclistas portugueses, com provas dadas nos Heróis do Mar e Madredeus. A sua contribuição permitiu limar algumas arestas da sonoridade típica dos Xutos, de forma a apresentar um rock mais polido e abrangente (ou seja, mainstream), sem no entanto perder identidade.

- Contentores
- Sai P`rá Rua
- Pensão
- Desemprego
- Esta Cidade
- Não Sou o Único
- N`América
- Vida Malvada
- Circo de Feras
sábado, 17 de novembro de 2007
O 1º álbum de... INXS!

O carisma do seu vocalista e as excelentes produções dos videoclips tornaram-se imagens de marca da banda. No final da década de 80 os INXS estavam na moda e eram o orgulho de qualquer jovem que se dizia fã ou apenas simpatizante da sua música. Mas em 1980 a realidade era bem diferente... os INXS eram uma banda de New Wave relativamente desconhecida. Just Keep Walking foi o single de apresentação retirado do primeiro álbum INXS, cujo video terá custado a módica quantia de 1.200 dólares. Com uma produção quase artesanal Michael Hutchence apresenta-se muito ao estilo Mick Jagger, em termos físicos e de performance. A sonoridade pouco ou nada tinha a ver com o som que tornaria o grupo conhecido do grande público anos mais tarde. Just Keep Walking aproximava-se mais de uns Talking Heads ou de uns Duran Duran dos primeiros tempos, senão vejamos...

- On A Bus
- Doctor
- Just Keep Walking
- Learn To Smile
- Jumping
- In Vain
- Roller Skating
- Body Language
- Newsreel Babies
- Wishy Washy
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Anos 80: " Todos os Nº1 do Top Britânico "

1981
- There`s No One Quite Like Grandma - St Winifred´s School Choir (3 de Janeiro)
- Imagine - John Lennon (10, 17, 24 e 31 de Janeiro)
- Woman - John Lennon (7 e 14 de Fevereiro)
- Shaddap You Face - Joe Dolce Music Theatre (21 e 28 de Fevereiro, 7 de Março)
- Jealous Guy - Roxy Music (14 e 21 de Março)
- This Ole House - Shakin´Stevens (28 de Março, 4 e 11 de Abril)
- Making Your Mind Up - Bucks Fizz (18 e 25 de Abril, 2 de Maio)
- Stand and Deliver - Adam and The Ants (9, 16, 23 e 30 de Maio, 6 de Junho)
- Being With You - Smokey Robinson (13 e 20 de Junho)
- One Day in Your Life - Michael Jackson (27 de Junho, 4 de Julho)
- Ghost Town - The Specials (11, 18 e 25 de Julho)
- Green Door - Shakin´ Stevens (1, 8, 15 e 22 de Agosto)
- Japanese Boy - Aneka (29 de Agosto)
- Tainted Love - Soft Cell (5 e 12 de Setembro)
- Prince Charming - Adam and The Ants (19 e 26 de Setembro, 3 e 10 de Outubro)
- It`s My Party - Dave Stewart and Barbara Gaskin (17, 24 e 31 de Outubro, 7 de Novembro)
- Every Little Thing She Does Is Magic - The Police (14 de Novembro)
- Under Pressure - Queen and David Bowie (21 e 28 de Novembro)
- Begin The Beguine (Volver a Empezar) - Julio Iglesias (5 de Dezembro)
- Don`t You Want Me - The Human League (12, 19 e 26 de Dezembro)
sábado, 27 de outubro de 2007
100% New Wave! - Japan - " Life in Tokio "

Quando comecei verdadeiramente a interessar-me por música já a New Wave estava nas últimas, embora nunca tenham deixado de existir bons e maus exemplos inspirados neste género do Rock. Nos tempos que correm temos assistido provavelmente ao maior e mais significativo ressurgimento da New Wave desde 1984. Todo o gosto e interesse que fui adquirindo levou-me a fazer muito trabalho de casa ao longo dos anos de forma a ficar minimamente conhecedor do género. Felizmente e como já referi o presente momento que estamos a atravessar remete muito para um passado em que a New Wave foi raínha, atrevendo-me mesmo a dizer que estamos perante uma segunda New Wave, dada a proliferação de bandas como Interpol, The Long Blondes, ou The Sounds, entre muitas outras.
" New Wave was a catch-all term for the music that directly followed punk rock; often, the term encompassed punk itself, as well. In retrospect, it became clear that the music following punk could be divided, more or less, into two categories — post-punk and new wave. Where post-punk was arty, difficult, and challenging, new wave was pop music, pure and simple. It retained the fresh vigor and irreverence of punk music, as well as a fascination with electronics, style, and art. "
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Rádio Renascença: " Festa dos Anos 80! "



Perspectiva do ambiente da festa
sábado, 20 de outubro de 2007
Em 2004 a nostalgia de 80 era assim...
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
O 1º álbum de... U2!


- I Will Follow
- Twilight
- An Cat Dubh
- Into The Heart
- Out Of Control
- Stories For Boys
- The Ocean
- A Day Without Me
- Another Time, Another Place
- The Electric Co.
- Shadows And Tall Tree
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Anos 80: " Todos os Nº1 do Top Britânico "

1980
- Another Brick in the Wall - Pink Floyd (5 e 12 de Janeiro)
- Brass in Pocket - The Pretenders (19 e 26 de Janeiro)
- The Special A.K.A. Live EP - The Specials (1 e 9 de Fevereiro)
- Coward of the County - Kenny Rogers (16 e 23 de Fevereiro)
- Atomic - Blondie (1 e 8 de Março)
- Together We Are Reautiful - Fern Kinney (15 de Março)
- Going Undergroud - The Jam (22 e 29 de Março, 5 de Abril)
- Working My Way Back to You - The Detroit Spinners (12 e 19 de Abril)
- Call Me - Blondie (26 de Abril)
- Geno - Dexy`s Midnight Runners (3 e 10 de Maio)
- What`s Another Year - Johnny Logan (17 e 24 de Maio)
- Theme From MASH (Suicide Is Painless) - Mash (31 de Maio, 7 e 14 de Junho)
- Crying - Don McLean (21 e 28 de Junho, 5 de Julho)
- Xanadu - Olivia Newton-John e ELO (12 e 19 de Julho)
- Use It Up and Wear It Out - Odissey (26 de Julho, 2 de Agosto)
- The Winner Takes It All - ABBA (9 e 16 de Agosto)
- Ashes to Ashes - David Bowie (23 e 30 de Agosto)
- Start - The Jam (6 de Setembro)
- Feels Like I`m in Love - Kelly Marie (13 e 20 de Setembro)
- Don`t Stand So Close to Me - The Police (27 de Setembro, 4, 11 e 18 de Outubro)
- Woman in Love - Barbra Streisand (25 de Outubro, 1 e 8 de Novembro)
- The Tide Is High - Blondie (15 e 22 de Novembro)
- Super Trouper - ABBA (29 de Novembro, 6 e 13 de Dezembro)
- (Just Like) Starting Over - John Lennon (20 de Dezembro)
- There`s No One Quite Like Grandma - St Winifred´s School Choir (27 de Dezembro)
Autoamerican - 5º Álbum dos Blondie
3 singles Nº1 em 1980 (Atomic, Call Me e The Tide Is High)
terça-feira, 9 de outubro de 2007
" 15 minutos de fama " - Paul Young

Natural de Luton, Bedfordshire, destacou-se pela primeira vez como vocalista dos The Streetband no final dos Anos 70. Mais tarde vieram os Q-Tips, projecto vocacionado para a Soul Music que viria a servir de rampa de lançamento para a carreira a solo.

2º Álbum - The Secret of Association - 1985
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
A minha Playlist do momento...

- 1990s - " You're Supposed To Be My Friend "
- Jack Peñate - " Second Minute Or Hour "
- Kaiser Chiefs - " The Angry Mob "
- Late of the Pier - " Bathroom Gurgle "
- The Dead 60s - " Stand Up "
- The Long Blondes - " Giddy Stratospheres "
- The Pigeon Detectives - " Take Her Back "
- The Wombats - " Let's Dance to Joy Division "
- The Young Knives - " Terra Firma "
- Maximo Park - " Girls Who Play Guitars "
Desta vez o video escolhido foi Stand Up dos The Dead 60s
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Eurovision Song Contest: " Algumas considerações... "

Esta tendência tem vindo a acentuar-se nos últimos anos se considerarmos os cinco primeiros classificados, de 2000 a 2007:
- Países da Ex-URSS e Europa de Leste – 15 Top 5
- Países dos Balcãs e Mediterrâneo Oriental – 13 Top 5
- Países Nordicos – 7 Top 5
- Países da Europa Ocidental e Central – 5 Top 5
Como é que é possível que Portugal, país participante desde 1964, não tenha conseguido melhor que um 6º lugar em 1996, quando países como a Rússia, Estónia e Letónia chagam regularmente aos primeiros lugares? Nos Anos 80 tinhamos boas canções pop cantadas em português, sem resultado. Mais recentemente fez-se a experiência de cantar em inglês... ficámos aquém na performance. Quando é que, de uma vez por todas, aprendemos a cantar em inglês e a fazer uma performance que não nos envergonhe? Não estará na altura de repensar os moldes em que tem sido feito o apuramento e concentrarmos esforços em apenas um artista, de forma a dar-lhe as condições necessárias para ter hipóteses de fazer boa figura lá fora?
Em vem de nos lamentarmos e dizermos que o Eurofestival já não interessa, porque não pensar fazer melhor e procurar adaptarmo-nos a uma nova realidade? Queremos ficar desactualizados e sem reacção perante o que nos chega do Leste? É preciso não esquecer que à pouco mais de 15 anos estes países ainda estavam por detrás da cortina de ferro! Não estaremos perante o eterno problema cultural de falta de competitividade?
Estamos a perder terreno para quem há pouco tempo chegou ao palco da Eurovisão e aprendeu mais em dez anos do que nós em quarenta. Temos o exemplo da concorrente da Ucrânia em 2004: antes do festival já tinha percorrido quase toda a Europa (Portugal incluído) para promover o tema " Wild Dances ". Os resultados estiveram à vista e Ruslana acabaria por vencer nesse ano.
Quem nos dias de hoje está interessado num Eurofestival realizado em pequenos auditórios onde a assistência mais parecia estar numa cerimónia de gala? Este foi o modelo do Eurofestival do passado, que teimosamente recordamos mas que nunca nos levou muito longe. Artistas para consumo interno não vingam lá fora. Está na altura de aprender com o que vem do Leste, sem renegar à nossa identidade.
Quando, na edição de 2006, os LT United da Lituânia gritaram bem alto “ We are the winners of Eurovison “, respirou-se confiança e atitude. Este é o espírito reinante a Leste e apesar de terminaram apenas em 6º lugar, não passaram despercebidos. Protagonizaram a diferença e inovação que se impôs definitivamente na Eurovisão nos últimos anos. A Leste tudo de novo!
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Concerto - The Cure em Portugal a 8 de Março!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Os REM nos Anos 80

Depois de Radio Free Europe, veio o EP Chronic Town. O primeiro álbum Murmur, já na independente IRS, é então editado em 1983 e incluia no alinhamento o single de estreia, bem como Perfect Circle e Talk About the Passion. Aclamado pela crítica, estava dado o mote para uma carreira discreta mas feita de passos seguros até 1987, ano de lançamento de Document. Pelo meio foram editados três álbuns, Reckoning (84), Fables of the Reconstruction (85) e Lifes Reach Pageant (86), sem beliscar os créditos colhidos no primeiro álbum. Temas como (Don`t Go Back to) Rockville, 7 Chinese Brothers, Pretty Pressuasion, Can`t Get There from Here ou Fall on Me eram de passagem obrigatória nas " rádios de escola ". Os REM podiam não ser conhecidos do grande público mas tinham muitos fãs no meio estudantil que garantiam audiência nos seus espectáculos, geralmente realizados em pequenas salas. Apesar da crítica favorável as vendas não deslumbravam e para uma sociedade conservadora como a norte-americana, o envolvimento de Michael Stipe em questões políticas e ambientais contrárias à administração republicana, um pouco à semelhança de Morrissey contra as instituições inglesas, dificultava a chegada ao palco maior. Rotulados de banda " contra-corrente " parecia que as luzes da ribalta estavam longe para os REM e o lançamento de Document em 1987 estava destinado a ser uma espécie de evolução na continuidade, puro engano. Deste álbum sairiam dois singles (The One I Love e It`s the End of the World...) que dariam à banda o impulso que tinha faltado nos álbuns anteriores. Já não eram apenas alternativos ou independentes como começavam a chegar já a um público mais vasto não só nos Estados Unidos como também na Europa. A popularidade crescente não passou despercebida à Warner e, um ano depois, assinam um contrato milionário com a multinacional. Estava dado o salto que permitiria à banda dispor dos recursos até então fora do seu alcance. Para muitos era o fim do espírito independente mas, ao mesmo tempo, um novo desafio e novas oportunidades. Ainda nesse ano é lançado Green, sexto álbum de originais que revela uns REM mais ecléticos. Apesar do sucesso dos singles Pop Song 89, Stand e Orange Crush, a crítica classifica o álbum de incoerente. Para tal muito terá contribuído Stand, orelhudo e delicioso para uns, descartável para outros.
A extrema regularidade com que editavam álbuns (de 83 a 88, um por ano) foi quebrada depois de Green. Pela primeira vez os REM estavam sem gravar mais de um ano e a espera durou até 1991, ano do lançamento de Out of Time. Mas a espera revelar-se-ia proveitosa...

1º Álbum - Murmur - 1983
5º Álbum - Document - 1987
(último da IRS)
6º Álbum - Green - 1988
(primeiro da Warner)
The Best of REM - 1998
1. Carnival Of Sorts (1982)
2. Radio Free Europe (1983)
3. Perfect Circle (1983)
4. Talk About The Passion (1983)
5. So Central Rain (1984)
6. Don't Go Back To Rockville (1984)
7. Pretty Persuasion (1984)
8. Green Grow The Rushes (1985)
9. Can't Get There From Here (1985)
10. Driver 8 (1985)
11. Fall On Me (1986)
12. I Believe (1986)
13. Cuyahoga (1986)
14. The One I Love (1987)
15. Finest Worksong (1987)
16. It's The End Of The World As We Know It (1987)
The One I Love, um dos grandes êxitos dos REM da década de 80
sábado, 22 de setembro de 2007
Em 2000 a nostalgia de 80 era assim...

Os Phoenix formaram-se em 1997 e são constituidos por Thomas Mars (voz), Deck d'Arcy (baixo), and Christian Mazzalai (guitarra). Editaram " United " em 2000, o primeiro dos quatro álbuns do grupo. Para além do single de apresentação, o tema " If I Ever Feel Better " (muito ao estilo Jamiroquai) também conheceu um assinalável sucesso. Deixo-vos então com o video de " Too Young ", vale a pena recordar...
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Editors: " O bom rock dos novos tempos "

sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Jackpot - Remember the 80`s

De forma a aproveitar a maré revivalista em torno da música dos Anos 80 e vender mais uns disquitos, a EMI Music Portugal editou recentemente a compilação Jackpot - Remember the 80`s a um preço muito jeitoso (cerca de 14,00 €) para um duplo CD com 38 músicas. Em tempos de crise do mercado discográfico convém explorar da melhor forma o filão dos 80s, nomeadamente ir ao encontro da faixa etária 30/40 anos com algum poder de compra hoje, mas que na altura tinham o mesmo problema que eu, ou seja, falta de dinheiro.
01. Billy Idol - Eyes Without A Face
02. Living In A Box - Living In A Box
03. The Knack - My Sharona
04. Industry - State of The Nation
05. Sly Fox - Let´s Go All The Way
06. Go West - We Close Our Eyes
07. Naked Eyes - Always Something There To Remind Me
08. Glass Tiger - Don't Forget Me (When I'm Gone)
09. Robbie Nevil - C'est La Vie
10. Feargal Sharkey - A Good Heart
11. Climer Fisher - Love Changes (Everything)
12. Belouis Some - Imagination
13. David Bowie - China Girl
14. The Motels - Danger
15. Deborah Harry - French Kissin'In The USA
16. Fischer-Z - So Long
17. Martha And The Muffins - Echo Beach
18. Talking Heads - Road To Nowhere
19. The Waterboys - The Whole Of The Moon
CD 2
01. Devo - (I Can't Get Me No) Satisfaction
02. Blondie - Heart Of Glass
03. Orchestral Manoeuvres In The Dark - Enola Gay
04. Ultravox - Sleepwalk
05. Talk Talk - Talk Talk
06. Duran Duran - Planet Earth
07. Limahl - Never Ending Story
08. Culture Club - Do You Really Want To Hurt Me
09. Johny Hates Jazz - Shattered Dreams
10. Fra Lippo Lippi - Shouldn't Have To Be Like That
11. Morrissey - Suedehead
12. Wire - Ahead
13. Re-Flex - The Politics of Dancing
14. Heaven 17 - Let Me Go
15. Migge Ure - If I Was
16. Paul Hardcastle - 19
17. Yazoo - Don't Go
18. Erasure - Sometimes
19. Mel & Kim - Respectable
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
The Best Of Smash Hits - The 80s!
Apesar de saber da existência da Smash Hits em revista e da importância que tinha tido, especialmente durante a década de 80, nunca tinha tido acesso a nenhuma. Em Portugal era mais fácil encontrar a edição em alemão da Bravo e da Popcorn.
Em Novembro de 78 sai então o primeiro número da Smash Hits com a capa dos Blondie. O final da década de 70, marcado pela New Wave, tinha mais a ver com o que viria a acontecer à música a partir de 1980 do que com o que tinha ficado para trás. De facto a Smash Hits foi uma revista dos 80s e conheceu o período de maior popularidade durante esta década, quando por ela passaram prestigiados jornalistas como Mark Frith (autor do livro) e Neil Tennant dos Pet Shop Boys, entre outros. Os Anos 90 marcam o declínio da revista à medida que o programa Top Of The Pops da BBC e a Big! Magazine ganham popularidade entre os jovens. Com as vendas a atingiram os valores mais baixos de sempre o fim previsível viria a acontecer em Fevereiro de 2006, mantendo-se os serviços de rádio e televisão digital, bem como o website (http://www.smashhits.net/).

DURAN DURAN
(incluindo THE POWER STATION e ARCADIA)
10
WHAM!
8
BROS
JASON DONOVAN
7
A-HA
PET SHOP BOYS
6
MADONNA
5
CULTURE CLUB
FRANKIE GOES TO HOLLYWOOD
KYLIE MINOGUE
WET WET WET
4